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Como abrir microempresa (ME) no Simples Nacional: passo a passo completo

Como abrir microempresa (ME) no Simples Nacional: passo a passo completo

Se você está planejando abrir seu próprio negócio e busca um modelo simples, com tributação reduzida e facilidade na regularização, a microempresa (ME) enquadrada no Simples Nacional pode ser a opção ideal.

Com regras simplificadas e carga tributária menor, o Simples é especialmente vantajoso para empresas em estágio inicial ou com faturamento limitado.

Neste artigo, a Brug Contabilidade apresenta um guia prático e atualizado sobre como abrir uma microempresa no Simples Nacional, abordando os critérios, documentos, etapas e cuidados importantes para que você comece do jeito certo — e dentro da lei.

O que é uma microempresa (ME)?

A microempresa, ou simplesmente ME, é uma categoria empresarial definida pela Lei Complementar 123/2006 como uma empresa com:

  • Faturamento anual de até R$ 360 mil;

  • Possibilidade de contratar empregados;

  • A depender do tipo de atividade desenvolvida, pode atuar no Simples Nacional.

Por que optar pelo Simples Nacional?

O Simples Nacional é um regime unificado de arrecadação de tributos para micro e pequenas empresas. Ao aderir ao Simples, a ME tem as seguintes vantagens:

  • Recolhimento unificado de impostos federais, estaduais e municipais em uma só guia (DAS);

  • Cálculo simplificado da carga tributária com base em faixas de faturamento;

  • Alíquotas reduzidas (em alguns casos, a partir de 4%);

  • Menor burocracia em obrigações acessórias;

  • Facilidade para emitir nota fiscal e obter certidões negativas.

Essas facilidades tornam o Simples uma escolha bastante vantajosa para quem está começando a empreender ou deseja formalizar um negócio que já opera informalmente.

Requisitos para abrir ME no Simples Nacional

Antes de iniciar o processo, é importante saber se o seu negócio pode ser registrado como ME e optar pelo Simples Nacional. Os principais requisitos são:

Faturamento anual de até R$ 360 mil;
✅ Não participar como sócio ou titular de outra empresa optante pelo Simples que ultrapasse o limite de receita;
Exercer atividade permitida pelo Simples (algumas áreas como corretoras, factoring e algumas atividades intelectuais são vedadas);
✅ Estar com a empresa regularizada em todos os órgãos (Junta Comercial, Receita Federal, Prefeitura, etc.).

Passo a passo: como abrir uma microempresa (ME) no Simples

Agora que você já sabe o que é uma microempresa e quais são os requisitos para abrir uma ME no Simples, é hora de conferir o passo a passo para tirar os seus planos do papel. Veja:

1. Defina a atividade da empresa (CNAE)

O primeiro passo é definir qual será a atividade principal da sua empresa, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Essa informação é essencial para:

  • Definir o enquadramento no Simples Nacional;

  • Saber qual será a tributação (anexos I a V);

  • Obter o alvará de funcionamento corretamente.

É possível também incluir atividades secundárias, desde que todas sejam permitidas no Simples.

📌 Dica: O ideal é contar com um contador desde essa etapa para evitar CNAEs incompatíveis com o Simples.

2. Escolha a natureza jurídica

As microempresas podem ser abertas com diferentes formas jurídicas, sendo as mais comuns:

  • EI – Empresário Individual: ideal para negócios sem sócio;

  • SLU – Sociedade Limitada Unipessoal: permite abertura com apenas um sócio e separação entre patrimônio pessoal e empresarial;

  • LTDA – Sociedade Empresária Limitada: formato tradicional para dois ou mais sócios.

A SLU tem se tornado a mais recomendada para quem deseja limitar a responsabilidade do sócio com simplicidade.

3. Elabore o contrato social

Para formalizar a ME, é necessário elaborar um contrato social (no caso de LTDA ou SLU) ou requerimento de empresário (no caso de EI). Esse documento deve conter:

  • Dados dos sócios (se houver);

  • Objeto social da empresa;

  • Endereço comercial;

  • Capital social;

  • Regras de administração e distribuição de lucros.

A Brug Contabilidade pode auxiliar na redação e registro do contrato social, garantindo que ele esteja conforme as exigências da Junta Comercial e demais órgãos.

4. Registre a empresa na Junta Comercial

Com os documentos prontos, o próximo passo é fazer o registro da ME na Junta Comercial do estado. Esse é o ato que dá existência legal à empresa.

Após o deferimento, você receberá o Número de Identificação do Registro de Empresa (NIRE), essencial para prosseguir com a formalização.

5. Obtenha o CNPJ na Receita Federal

Com o NIRE em mãos, o contador faz a solicitação do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica). Esse processo é feito pelo sistema da Receita Federal (Coletor Nacional) e leva poucos dias.

O CNPJ é a identidade da empresa, e com ele é possível:

  • Emitir notas fiscais;

  • Abrir conta bancária empresarial;

  • Registrar funcionários;

  • Solicitar enquadramento no Simples Nacional.

6. Inscrição municipal e alvará de funcionamento

Cada município possui regras próprias para liberação do alvará de funcionamento. Em geral, será necessário:

  • Cadastro na prefeitura ou Secretaria Municipal da Fazenda;

  • Licença de funcionamento (vigilância sanitária, meio ambiente ou bombeiros, conforme o ramo);

  • Regularização de imóvel (zona comercial, habitacional, mista etc.).

Empresas que atuam apenas digitalmente (sem atendimento presencial) podem solicitar alvará eletrônico ou dispensa, dependendo da cidade.

7. Enquadramento como ME e opção pelo Simples Nacional

Com a empresa registrada e o CNPJ ativo, é hora de solicitar o enquadramento como Microempresa (ME) e fazer a opção pelo Simples Nacional.

Esse processo pode ser feito:

  • No momento da abertura, pela Redesim;

  • Ou até o último dia útil de janeiro do ano-calendário (caso a empresa já exista).

A solicitação é feita no portal do Simples Nacional (site da Receita Federal) e pode ser acompanhada pelo contador.

Quanto custa abrir uma microempresa no Simples?

Os custos variam de acordo com o estado e o município, mas geralmente envolvem:

  • Taxas da Junta Comercial;

  • Emolumentos cartoriais (caso seja necessário reconhecimento de firma ou autenticações);

  • Honorários contábeis (para elaboração do contrato e registro);

  • Custos com licenças específicas (vigilância sanitária, bombeiros etc., se exigidos).

📌 Importante: após a abertura, a ME também terá custos fixos mensais, como:

  • Pagamento do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional);

  • Serviços contábeis mensais;

  • Eventuais encargos trabalhistas (caso tenha funcionários).

Vale a pena abrir uma ME no Simples?

Sim! Para a maioria dos pequenos negócios, a ME no Simples Nacional é a melhor escolha em termos de custo-benefício, principalmente pela:

  • Redução da carga tributária;

  • Facilidade de regularização;

  • Menor burocracia com obrigações fiscais e acessórias;

  • Acesso a linhas de crédito específicas para pequenas empresas.

Além disso, estar formalizado melhora a imagem da empresa, facilita parcerias comerciais e abre portas para crescimento sustentável.

Conte com a Brug Contabilidade para abrir sua ME no Simples

Abrir uma microempresa exige atenção a detalhes legais e contábeis que podem impactar o futuro do seu negócio. Por isso, contar com o apoio de uma contabilidade especializada faz toda a diferença.

Na Brug Contabilidade, oferecemos:

✅ Abertura completa da sua ME;
✅ Apoio no enquadramento e opção pelo Simples Nacional;
✅ Assessoria para emissão de notas fiscais e alvará;
✅ Contabilidade mensal com foco em redução de custos e organização financeira.

📞 Fale com a Brug Contabilidade e abra sua ME com segurança, agilidade e economia!

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