Como funciona uma holding na prática? A holding tem se tornado cada vez mais popular entre empresários, investidores e famílias que desejam proteger seu patrimônio, facilitar a sucessão e reduzir a carga tributária.
Mas, afinal, como funciona uma holding na prática? Será que ela é realmente vantajosa para todos os perfis?
Neste artigo, você vai entender de forma clara e objetiva o que é uma holding, quais são os tipos existentes, como ela opera no dia a dia e quais são seus principais benefícios.
Além disso, mostramos quando é a hora certa de constituir uma e por que contar com uma contabilidade especializada, como a Brug Contabilidade, faz toda a diferença nesse processo.
O que é uma holding?
O termo “holding” vem do inglês to hold, que significa “segurar” ou “controlar”. Portanto, uma holding é uma empresa criada com o objetivo principal de controlar outras empresas ou bens.
Ela pode ser usada para centralizar a gestão de participações societárias, imóveis, ativos financeiros ou até mesmo operações de diferentes empresas de um mesmo grupo familiar.
Tipos de holding
Antes de entender como funciona uma holding na prática, é importante conhecer os principais tipos existentes:
🔹 Holding patrimonial
Criada para gerenciar bens da família, como imóveis, veículos, investimentos, participações societárias etc. É muito utilizada para facilitar a sucessão hereditária e proteger o patrimônio de conflitos familiares ou riscos judiciais.
🔹 Holding pura
Seu único objetivo é possuir participações em outras empresas, sem realizar outras atividades operacionais.
🔹 Holding mista
Além de controlar outras empresas, a holding mista também realiza atividades econômicas próprias, como prestação de serviços ou venda de produtos.
🔹 Holding familiar
Criada para organizar e proteger o patrimônio familiar, facilitar a sucessão e reduzir os impostos sobre herança (como o ITCMD). É uma das modalidades mais procuradas atualmente.
Como funciona uma holding na prática?
Na prática, o funcionamento de uma holding se inicia com a constituição da empresa, que deve ser formalizada com CNPJ, contrato social e enquadramento tributário adequado.
Veja a seguir um passo a passo de como uma holding atua no dia a dia:
1. Constituição da holding
O processo começa com a elaboração do contrato social, que deve detalhar a estrutura da holding, os bens que serão transferidos para ela e os sócios envolvidos.
Em seguida, é feito o registro na Junta Comercial, obtenção do CNPJ, alvarás (se necessário) e escolha do regime tributário (geralmente o Lucro Presumido é o mais indicado).
2. Transferência de bens e quotas
O próximo passo é a transferência dos bens (como imóveis, ações ou quotas) dos sócios para a holding. Esses bens passam a ser de titularidade da pessoa jurídica, mas os sócios continuam como controladores, por meio das quotas da empresa.
Essa transferência pode ocorrer por meio de:
Integralização de capital social;
Cessão de quotas;
Contratos de doação com cláusulas de usufruto.
Essa estratégia é usada, por exemplo, para que pais transfiram o patrimônio para os filhos, mas continuem com o usufruto vitalício e o controle das decisões.
3. Gestão centralizada
A holding passa a atuar como gestora dos bens e participações que possui. Em uma holding patrimonial, por exemplo, os aluguéis de imóveis passam a ser recebidos pela empresa, que também arca com os custos e tributos.
Já em uma holding empresarial, a gestão das empresas controladas passa a ser realizada de forma centralizada, com decisões estratégicas tomadas pela holding e executadas pelas empresas operacionais.
4. Distribuição de lucros e reinvestimentos
Os lucros gerados pelas empresas ou pelos bens controlados são apurados pela contabilidade da holding. Com base nisso, é possível:
✅ Distribuir lucros isentos de imposto de renda para os sócios;
✅ Reinvestir em novos ativos ou empresas;
✅ Constituir reservas para estratégias futuras.
Quais são os benefícios de uma holding?
A estrutura de holding oferece diversas vantagens, tanto do ponto de vista financeiro, quanto jurídico e sucessório. Veja os principais:
✅ Planejamento sucessório
A holding evita disputas familiares e inventários demorados, pois os bens já estão em nome da empresa. Com isso, a sucessão ocorre por meio de cessão de quotas, de forma simples e com menor tributação.
✅ Redução da carga tributária
Ao transferir bens para uma holding, é possível optar por regimes mais vantajosos, como o Lucro Presumido, e aproveitar isenções na distribuição de lucros, o que pode representar economia de até 30% em tributos.
✅ Proteção patrimonial
Os bens da holding não podem ser facilmente atingidos por dívidas dos sócios, o que oferece blindagem patrimonial contra riscos judiciais e trabalhistas.
✅ Organização e profissionalização da gestão
A centralização da administração na holding facilita o controle financeiro, o cumprimento de obrigações legais e a tomada de decisões estratégicas.
Quando é o momento ideal para criar uma holding?
Apesar de muito vantajosa, a holding não é indicada para todos os perfis. A estrutura só se justifica quando há:
📌 Patrimônio relevante (como imóveis, empresas ou investimentos);
📌 Preocupação com sucessão familiar;
📌 Desejo de reduzir a carga tributária legalmente;
📌 Risco de exposição patrimonial (como profissionais autônomos, empresários ou investidores).
Por isso, a criação da holding deve ser sempre orientada por especialistas, com análise personalizada da situação patrimonial, fiscal e familiar.
Holding: cuidados ao montar
Apesar de ser uma excelente estratégia, montar uma holding sem planejamento pode trazer prejuízos. Veja alguns cuidados:
🔸 Evite criar a empresa apenas para pagar menos impostos – isso pode ser caracterizado como simulação fiscal;
🔸 Não ignore as obrigações acessórias – a holding precisa emitir notas fiscais, declarar IRPJ, manter escrituração contábil regular, etc;
🔸 Busque assessoria de um contador e advogado – ambos são essenciais para montar a estrutura de forma segura e eficiente.
Brug Contabilidade: especialistas em estruturação de holdings
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